Os EFA’s são lipídios que o corpo não consegue sintetizar, portanto, eles devem ser obtidos a partir dos alimentos, ou suplementos. Eles são componentes da membrana celular fosfolipídica das nossas células, chave para a produção dos homônimos e no sistema nervoso.
Vamos entender: existem duas categorias básicas de ácidos graxos essenciais, designados ômega-3 e ômega-6, com base em suas estruturas químicas.
A primeira é o ÔMEGA-3, que inclui principalmente o alfa-linolênico, encontrado em peixes frescos de águas profundas, óleo de peixe e certos óleos vegetais e óleo de noz. (O ácido alfa-linolênico é convertido no corpo nas formas ativas de ácidos graxos ômega-3, ácido docosaexaenóico (DHA) e ácido eicosapentaenóico (EPA). Guarda essa informação que iremos falar mais sobre elas nos próximos newsletters).
A segunda é o ÔMEGA-6, que incluem linolênico e ácidos gama-linolênicos, são encontrados principalmente em nozes cruas, sementes e leguminosas, e em óleos vegetais insaturados, como óleo de semente de uva, óleo de prímula, óleo de gergelim e óleo de soja.
Tá, e como que descobre se estamos deficientes em EFA’s?
A falta de ácidos graxos essenciais se reflete na pele e no cabelo. Está ligada à hiperatividade em crianças e a distúrbios do sistema nervoso em adultos.
Sintomas de um organismo que está trabalhando sem os ácidos graxos essenciais são:
Pele áspera, seca, escamosa ou escamosa;
Cabelo seco e quebradiço;
Caspa;
Eczema;
Psoríase;
Memória fraca;
Períodos menstruais irregulares;
Unhas quebradiças;
Boca seca;
Pele opaca e irregular;
Sede excessiva;
Pontas dos dedos ou calcanhares rachados.
Como os EFA’s são blocos de construção para os hormônios, podemos ver uma correlação entre a falta de EFA’s e distúrbios femininos, como menopausa e TPM. Ou seja, a falta de ácidos graxos essenciais pode estar associada a distúrbios do sistema nervoso e do sistema endócrino, e também tem sido associada a disfunções autoimunes.
Então, basta suplementar com OMEGA-3? Mais ou menos…
O ideal é que nos eduquemos sobre onde encontrar na nossa alimentação! Afinal de contas, os alimentos íntegros, inteiros e vindos da natureza são mais fáceis de digerir, tem uma maior biodisponibilidade e contém os oligoelementos, ou o que conhecemos como trace elements, que fazem parte dos alimentos naturais não estão contidos nos suplementos!
Uma fonte alimentar segura, e amada por muitos, de EFA’s é o abacate ou avocado!
EXTRA!
Para fornecer ácidos graxos essenciais, esses óleos devem ser consumidos na forma de líquida ou suplemento e não deve ser submetido ao calor ou cozimento. O calor destrói os ácidos graxos essenciais! Pior, resulta na criação de radicais livres perigosos. Se os óleos forem hidrogenados – processados para fazer o óleo mais sólido, como é comumente feito na produção de margarina-, o ácido linoléico é convertido em ácidos graxos trans, que não são benéficos para o corpo.
As gorduras trans são criadas quando as gorduras poli-insaturadas, ou gorduras poli-insaturadas não naturais, são aquecidas, como em alimentos fritos. As gorduras trans têm a capacidade de deslocar os ácidos graxos essenciais em nossas células, causando uma alteração na função da membrana celular. A presença desses ácidos graxos anormais no coração e nos músculos lisos pode ser um fator no desenvolvimento de doenças cardiovasculares, por exemplo.