A relação entre o metabolismo microbiano intestinal e a saúde mental é um dos tópicos mais intrigantes e controversos na pesquisa de microbiomas.
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Estudos estão revelando como as variações e mudanças na composição da microbiota intestinal influenciam a fisiologia normal e contribuem para doenças que vão desde a inflamação à obesidade. O acúmulo de dados indica que a microbiota intestinal também se comunica com o sistema nervoso central – possivelmente por meio de vias neurais, endócrinas e imunológicas – e, portanto, influencia a função e o comportamento do cérebro.
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A disfunção do eixo microbioma-cérebro-intestino tem sido implicada em transtornos relacionados ao estresse, como depressão, ansiedade e síndrome do intestino irritável, e transtornos do desenvolvimento neurológico, como o autismo. A colonização bacteriana do intestino é fundamental para o desenvolvimento pós-natal e maturação de sistemas-chave que têm a capacidade de influenciar a programação e sinalização do sistema nervoso central, incluindo os sistemas imunológico e endócrino. Além disso, agora há evidências em expansão para a visão de que a microbiota entérica desempenha um papel na programação inicial e na resposta posterior ao estresse agudo e crônico.